sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A peça que vi nascer em S. Paulo



Agora Inês é morta !!!


"Essa é uma frase “popular” que sempre ouvi, das minhas tias, da minha avó e de minha mãe.

E, é utilizada sempre que nos encontramos numa situação que não tem mais conserto, que não adianta mais, que já esta perdida para sempre…

E quando se perde algo para sempre… se tem vontade de fazer o tempo voltar, de estar novamente naquele exato momento em que poderíamos fazer a roda da vida girar diferente, mas o todo poderoso “Deus Tempo”, senhor absoluto da vida, não volta, não nos dá uma segunda chance.

No teatro, também é assim, toda a vez que entramos em cena e vamos viver uma vida, será nossa única chance, de fazer direito, de viver intensamente aquele momento único, como na vida.

E o teatro me levou a lugares, me fez conhecer pessoas, histórias e me deparei com uma história de Amor, que se passou em Portugal no Sec. XIV, mais precisamente em Coimbra, entre o futuro Rei de Portugal, D. Pedro I e uma galega, dama de Companhia da futura Rainha D.Constança Manuel, Inês de Castro.

Inês de Castro e D. Pedro I viveram uma história de amor, que ainda hoje, seis séculos e meio depois, é contada em várias línguas.

Uma história de amor, que suplantou as guerras, atravessou os séculos e agora, atravessa o Oceano Atlântico, a baixo da linha do Equador, para mostrar mais uma vez uma das mais belas e comovente histórias, que nos deixa com vontade de fazer o tempo voltar toda a vez que morre um amor, o meu amor o seu , o de toda a humanidade.

No momento em que o planeta terra sofre uma das mais significativas transformações, e a humanidade caminha se perguntando o que esta acontecendo ???

O Grupo Dragão 7, apresenta a história de amor que nos faz entender o significado mais profundo da frase: Agora Inês é Morta!

E parafraseando Quiroga: Nunca mais será 19 de fevereiro de 2010!"


Creuza Borges - Produtora - S. Paulo


Trágica história de amor do par romântico mais célebre da cultura portuguesa, Dom Pedro I e Inês de Castro. O amor que venceu os séculos, saído de uma idade média, onde a paixão, morte, sangue, dor, coração, ódio, crime, poder, razão de estado, violência, loucura, amor e beleza, que estão neste episódio da história, constituem afinal, o que é a essência da história da humanidade nos seus “Sucessos” e “Fracassos”.

Morre Lentamente...

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Morre lentamente...

Pablo Neruda








Vai-se Andando

José Pedro Gomes regressa sozinho aos palcos para dar continuidade a "Coçar Onde é Preciso" e tentar perceber o que torna os portugueses tão especiais. De 25 a 27 de Fevereiro no Coliseu do Porto.

O que nos leva a sermos melhores ou piores do que os outros? O que nos faria ser muito melhores? Quais as pequenas arestas a limar? Encenado por António Feio, José Pedro Gomes debruça-se sobre estes temas a partir de autores como Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva ou Nuno Markl.


José Pedro Gomes
Alberto Gonçalves, Eduardo Madeira, Filipe Homem Fonseca, José Pedro Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva, Nuno Markl, Henrique Dias
António Feio








O Ano do Pensamento Mágico

A perda e a dor são os temas centrais desta história, de Joan Didion, premiada com o National Book Award de 2005. Um monólogo com Eunice Muñoz, encenada por Diogo Infante. Depois da estreia em Lisboa a peça é apresentada no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, no dia 27 de Fevereiro.

"Uma pessoa senta-se para jantar e a vida como até então a conhecera acaba". Com esta frase, Joan Didion resume um episódio da sua vida. Na noite de 30 de Dezembro de 2003, depois de visitar a filha internada com uma infecção mortal, Joan viu o marido morrer de ataque cardíaco à mesa de jantar...
Uma reflexão sobre a morte, a doença, a sorte ou o azar, o casamento, os filhos, a saudade e a mágoa.

Actriz


Eunice Muñoz

Autor

Joan Didion

Encenador

Diogo Infante


Rei Édipo









Teatro Nacional D. Maria II

Rei Édipo
A partir da obra de Sófocles, os Artistas Unidos apresentam a peça que junta em palco Diogo Infante e Virgílio Castelo, numa encenação de Jorge Silva Melo. De 18 de Fevereiro a 28 de Março na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.
Escrita por Sófocles, cerca de 427 a.C., "Rei Édipo" foiconsiderada por Aristóteles o mais perfeito exemplo de tragédia. Um confronto com questões que nos fazem reflectir sobre o poder, a incerteza da vida, a relação entre o público e o privado e a ascensão e queda dos vitoriosos.
A tragédia começa com a peste a atingir a cidade. O Rei Édipo quer perceber as razões. De pergunta em pergunta, os enigmas caem com as respostas: o que parecia uma maldição, revela-se uma verdade tremenda.


Actores
Diogo Infante, Lia Gama, Virgílio Castelo, António Simão, Cândido Ferreira, José Neves, António Banha, Pedro Gil, Américo Silva, André Patrício, Bernardo Almeida, Daniel Pinto, David Pereira Bastos, Elmano Sancho, Estêvão Antunes, Hugo Bettencourt, Hugo Samora, João Meireles, João Miguel Rodrigues, João Delgado, Joaquim Pedro, John Romão, Manuel Sá Pessoa, Miguel Telmo, Miguel Aguiar, Nuno Leão, Pedro Lamas, Pedro Luzindro, Pedro Cardoso, Pedro Mendes, Ricardo Batista, Ruben Tiago, Tiago Matias, Tiago Mateus, Beatriz Lourenço, Inês Constantino, Margarida Correia, Beatriz Monteiro , Inês Antunes , Neusa Campos

Encenador
Jorge Silva Melo

Autores
Artistas Unidos

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ensaios a Doer!!

Reunião do Clube - 3 de Março - Biblioteca Escolar - 14h

A Coordenadora do Clube Verdemcena convoca todos os elementos para o ensaio da peça, que será apresentada a 26 de Março, Dia da Escola Secundária de Vila Verde.
É obrigatória a presença de todos para podermos coordenar as actividades a desenvolver nas próximas semanas.
Para o público, em geral, está ainda no segredo dos deuses a peça que será estreada pelo clube Verdemcena no Sarau do último dia de aulas do 2º período.

Balanço da Oficina "Da Leitura à Imagética da Palavra"












































Missão
Quase Cumprida

O Director da Companhia de Teatro de Braga esteve novamente na nossa escola para desenvolver a oficina subordinada ao tema "Da Leitura à Imagética da Palavra".
O grupo de trabalho que participou na oficina, constituído por 15 alunos de vários anos de escolaridade e 4 professores, esteve à altura do desafio, colaborando activamente nas actividades propostas.
O trabalho desenvolvido foi árduo, mas bastante enriquecedor, constituindo uma lufada de ar fresco no ambiente pesado que vivemos actualmente na escola. Foi muito bom colocarmo-nos perante o texto numa perspectiva diferente, lendo-o com todo a liberdade a que temos direito!...
Ficámos à espera que o Rui Madeira volte a visitar-nos, como prometeu no final desta oficina, para esmiuçar um pouco mais a "imagética da palavra".

A todos os participantes, muito obrigada pelo vosso contributo. Não deixem de participar nas actividades do clube.

Ao Rui Madeira, um grande abraço do clube Verdemcena e um agradecimento muito especial pela generosidade e simpatia que tem demonstrado ao colaborar connosco.

À CONVERSA COM RUI MADEIRA




Cenaberta conversou com Rui Madeira, membro da direcção da Cena Lusófona e director da Companhia de Teatro de Braga. A entrevista agora publicada é uma lúcida abordagem ao papel das pessoas e das estruturas no seio da Cena; ao que somos, para onde e com quem queremos ir. Caminhando entre redes “de afectos e de imaterialidades”. E de algum oportunismo.
A Cena Lusófona viveu tempos difíceis, anos sem qualquer apoio oficial. Como compreender este quase-milagre da sobrevivência?
Mais do que sobreviver, nestes últimos três anos conseguimos a proeza de concretizar iniciativas, naturalmente condicionados. Mentiria se dissesse que a situação não nos afectou. Mas fizemos. Agora estamos num momento em que a Cena faz um esforço para retomar um percurso conforme as expectativas que foram criadas desde a sua formação, na esperança de que voltemos rapidamente a ter a relevância que esse trabalho e esse histórico merecem no panorama das artes cénicas da lusofonia.


Que sentido dar hoje ao trabalho da Cena?
Acho que devemos trabalhar no sentido de que a Cena seja não apenas um juntar, um agregar de pessoas, mas também um aglutinar de estruturas, para podermos responder melhor a eventuais maus momentos futuros. As dificuldades vividas nos últimos anos não têm a ver com problemas nossos, de projecto ou de pessoas, derivam da falta de perspectiva estratégica e política dos sucessivos governos; por comodidade podemos dizer: dos sucessivos governos portugueses.


De facto, a importância da Cena extravasa os limites geográficos de Portugal.
Embora seja um projecto que se iniciou aqui, os seus objectivos ultrapassam as fronteiras europeias, co-responsabilizam outros países e governos de Língua portuguesa. Neste aspecto eu acho que tem havido uma fraca análise dos governos da lusofonia em relação àquilo que a Cena potencia e pode ajudar, numa perspectiva mais alargada, na persecução de objectivos estratégicos que ultrapassam em muito a questão cultural.


Como articulas o trabalho da Companhia de Teatro de Braga com o da Cena Lusófona?
Todo o trabalho da Companhia tem sido enquadrado e tem sido assumido como um trabalho inserido no projecto Cena Lusófona. Com esta filosofia, nos últimos anos desenvolvemos uma série de iniciativas no Brasil, em vários Estados: “workshops”, oficinas sobre escrita com a Regina Guimarães, oficinas sobre a prática teatral. Temos levado espectáculos a São Paulo, à Bahia e a várias cidades do Estado; temos participado em alguns Festivais. Fomos a São Paulo, ao 1.º Festival Ibero-Americano, com um texto do Nelson Rodrigues, a “Doroteia”, e temos feito imensos espectáculos, imensas acções. Em Agosto (a entrevista foi realizada no final de Julho de 2009) irei a São Paulo, mais propriamente à cidade de São Vicente, na baía de Santos, fazer uma oficina sobre “A Castro”, de António Ferreira, destinada a actores que querem experimentar este trabalho. Tem sido desenvolvida uma importante acção no Brasil; ao mesmo tempo, nós temos recebido aqui companhias brasileiras.


No domínio da acção articulada da Companhia de Teatro de Braga com a Cena Lusófona, há ainda o actual estágio de três actores brasileiros no seio da Companhia.
Nós temos três elementos a trabalhar connosco, jovens actores brasileiros oriundos da Bahia. O trabalho de “As Bacantes” começou lá e teve como objectivo encontrar dois ou três jovens actores estagiários, numa base de acordo entre a Secretaria de Estado da Cultura da Bahia e a Perfeitura de Camaçari.
Feita a selecção, eles vieram, nós fizemos em Portugal uma outra oficina para o Coro de “As Bacantes”, juntámo-los, fizemos o espectáculo cá e voltámos a São Paulo. Em São Paulo fizemos uma outra oficina durante dez dias, seis horas por dia, para criar um coro para o espectáculo, com actrizes brasileiras.


Em São Paulo, o espectáculo foi apresentado onde?
Fizemos ensaios no espaço do TAPA, que é um parceiro da Cena lusófona há muitos anos. O Eduardo Tolentino, o director do TAPA, tem participado em muitas actividades da Cena Lusófona. Ele integra uma rede amiga, que eu entendo a Cena também como uma rede de afectos. Fizemos esses ensaios no espaço do TAPA e depois apresentámos o espectáculo “As Bacantes” no Teatro Oficina do José Celso, outro exemplo de relações afectivas.
Portanto, este mexer, numa base de projecto Cena, nós temo-lo mantido, naquilo que eu acho que cada uma das pessoas, cada um dos responsáveis do projecto devia manter.


Do que atrás disseste extrai-se que encaras como muito estreita, indissociável, a relação da Companhia de Teatro de Braga com a Cena Lusófona.
Nós pensamos que todo o trabalho desenvolvido pela Companhia com o Brasil ou com Moçambique, quer nas acções de formação, quer na apresentação dos espectáculos, deve e tem de ser enquadrado numa perspectiva de Cena Lusófona. Não faria sentido ser de outra maneira. Custa-me admitir que pessoas, ao longo dos anos recorrentemente chamadas pela Cena para fazerem acções de formação, ali e acolá, possam ir agora a esses mesmos sítios, ignorando a Cena Lusófona.
Custa-me também compreender que pessoas que foram convidadas pela Cena, que estiveram e participaram em acções da Cena, que conheceram este projecto, que sabiam quais eram os seus objectivos, quando catapultadas de repente para lugares de responsabilidade, se esqueceram de tudo, tentem apagar a Cena Lusófona e vão ao ponto de desenvolver projectos que sabem ter paternidade, autoria.


E quem são essas pessoas?
Acho que não interessa fulanizar. Sou crítico relativamente a quem andou ou anda pelo projecto Cena só quando há recursos. Estou a ser completamente sério, porque é exactamente isto que eu penso. Acho que um projecto desta natureza é também um projecto de imaterialidades, de sonhos, que só se concretiza quando as pessoas entenderem que podem juntar as responsabilidades estratégicas das suas estruturas com aquilo que é mais vasto. Talvez o trabalho da Companhia de Teatro de Braga no Brasil nunca se concretizasse se não houvesse Cena Lusófona.


O trabalho de intercâmbio da Companhia de Teatro de Braga com a lusofonia esgota-se no Brasil?
Hoje a companhia tem uma rede de contactos e de conhecimentos que nos levam infelizmente a não poder assumir muitas das propostas que nos chegam. De qualquer modo, vamos receber aqui, em Setembro, o Isaías Machava, de Moçambique, do Maputo, que vai dirigir o Teatro África, onde está sedeada a Companhia Nacional de Canto e Dança. Vem fazer um estágio de seis meses, fruto de uma relação que nós estimulamos com a companhia Nacional de Canto e Dança, e que levou a que o Frederico Bustorff esteja em Moçambique, desde Abril até Fevereiro do ano que vem, a fazer um documentário sobre os trinta anos de actividade da Companhia, ao mesmo tempo que desenvolve uma acção de formação para que essa estrutura tenha um departamento de imagem.


Essa vertente lusófona, africana, brasileira, essa valência que consideras estruturante para a Companhia de Teatro de Braga, “aprendeste-a” na Cena?
A experiência da Cena abriu-me claramente perspectivas no âmbito da lusofonia. Por isso eu falo da necessidade de abrir a Cena Lusófona não somente a pessoas mas também a estruturas, no sentido de responsabilizar mais os desempenhos. Nós sabemos que a Cena Lusófona, nos primeiros anos, foi entendida como mais uma instituição, vista de fora. Alguém que pretendia acolher projectos e distribuir apoios. E foi pouco entendida como verdadeiramente uma associação de pessoas que veiculam um objectivo, um sonho, um espaço de confronto…


... de confronto e de confluência.
Exacto, de confronto e de confluência de pessoas da área da criação artística teatral…


de pessoas e de estruturas.
Essa questão das estruturas ficou muito de fora. No momento em que a Cena Lusófona, por razões que a ultrapassam, viveu uma crise, de repente nós percebemos que afinal não éramos tantos assim. E se a Cena hoje se mantém deve-o à influência que essas pessoas tinham e têm em estruturas. Podia mais uma vez falar de nomes, mas basta referir isto: se não fossem algumas dessas estruturas talvez hoje não existíssemos. De facto, a Cena apoiou-se nos últimos anos em estruturas, através de pessoas ligadas à Universidade de Coimbra, a Companhias, empresas…


Usando um ditado popular quase parece que há males que vêm por bem.
Não direi isso. De qualquer modo, vou considerar este período difícil da Cena Lusófona, estes últimos três anos, como algo revelador e importante e profícuo. Para mim, para a estrutura que eu dirijo, toda a gente na companhia sabe o que é a Cena Lusófona. Na Companhia todos sabem que o trabalho que nós desenvolvemos no Brasil tem a ver com a Cena Lusófona.


O teu trabalho no Brasil tem sede muito em São Paulo e Bahia. Quais são aí os principais parceiros?
São vários. O meu amigo Sartini, que hoje dirige o Museu da Língua em São Paulo, a Creusa Borges, produtora e directora do Grupo Dragão Sete, as pessoas da Cooperativa Paulista de Teatro, o Eduardo Tolentino, do TAPA, o Fernando Calvozo, que dirige o Festival Ibero- Americano, muitos dos responsáveis culturais de cidades do Estado de São Paulo… Há uma geração de pessoas que trabalham junto da Secretaria de Estado da Cultura do Governo de São Paulo ou junto da Perfeitura que têm muito a ver com o nosso trabalho.


Muita gente, muito interlocutor…
Há uma rede de conhecimentos que passa por dentro quer do Governo de São Paulo, quer da Perfeitura, extremamente importante. O Márcio Meirelles, naquilo que nós na Bahia temos desenvolvido, tem enquadrado o intercâmbio dentro dos parâmetros pré-estabelecidos da política cultural do Estado. Há uma diferença entre o Márcio Meirelles Secretário da Cultura e o Márcio Meirelles director do Teatro Vila Velha. E ainda bem que é assim. Tudo quanto se faça apoiado pela Secretaria de Estado da Cultura da Bahia tem de ser determinado em concurso claro.


O que disseste pressupõe um relação continuada, ligação, rede. Pergunto, há a ideia de expandir essa malha?
Nós temos a ideia de fazer coisas com Angola e inserir isso obviamente dentro do espaço da Cena Lusófona. Estamos a trabalhar com algumas empresas que estão em Braga e que têm relações de trabalho e comerciais com Angola, no sentido de vermos o que podemos fazer. A questão de Moçambique…
Brevemente, eu e o António Augusto Barros iremos fazer uma reunião com membros do novo Governo saído das últimas eleições da Galiza. A Companhia de Teatro de Braga desenvolve um trabalho de características regulares com a Galiza, envolvendo directores de Companhias, actores galegos. A Galiza pode ser um valor acrescentado, pode desenvolver sinergias que envolvam a Cena Lusófona como parceiro.


Um movimento em espiral, que, a dada altura, pode arrastar outros protagonistas?
De facto, Portugal e Espanha, nós somos países da periferia da Europa. Talvez a Espanha não seja entendida assim, mas, se pensarmos na Galiza, percebemos melhor do que estamos a falar. Ao mesmo tempo, este canto ibérico tem relações profundíssimas com um vasto mundo americano, africano… o problema aqui é que nós não temos sustentação, uma política de apoio.


Ao contrário do que acontece com outros.
Não temos a noção da força e da importância que o Instituto Cervantes tem hoje no Brasil. Nos últimos dois, três anos, mais de oitenta delegações do Instituto Cervantes foram criadas no Brasil. Não avaliamos a força que as estruturas culturais francesas têm hoje em Moçambique, em Cabo Verde.
Nós não fazemos ideia, não fazemos ideia quando falamos de País, porque nós, elementos da Cena Lusófona, temos esse conhecimento do terreno, dos factos, sabemos como as coisas funcionam, sabemos a importância do “Goeth-Institut” na Bahia. Nós, País, não conseguimos imprimir uma dinâmica cultural estruturada. Fala-se da Galp, que tem umas plataformas na Baía de Santos, dos negócios com a Venezuela, mas o governo português não integra isso numa política cultural consentânea.








Rui Madeira (Santarém, 1955) é encenador e actor (teatro, cinema, televisão). Director da Companhia de Teatro de Braga e administrador executivo do Theatro Circo de Braga, é membro da direcção da Cena Lusófona e Docente, nas áreas do Corpo e da Expressão.
* entrevista publicada no cenaberta, 7 (em papel). Pode consultá-loaqui.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Oficina Rui Madeira

Há algumas semanas atrás foi marcada uma oficina de teatro da responsabilidade do director da CTB, Rui Madeira Contudo, por motivos alheios à nossa vontade, não foi possível realizar-se na data prevista, 10 de Fevereiro. Assim, vamos poder participar nessa oficina amanhã, às 14.30 h, na Sala 12 do Bloco A.

A coordenadora do clube de teatro da Verdemcena convida a comunidade educativa a participar na actividade.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Fernando Pessoa na Casa da Música


Espectáculo Cénico sobre
o Livro do Desassossego
de Bernardo Soares




O Remix Ensemble apresenta um espectáculo cénico baseado no texto incontornável de Fernando Pessoa. Filmado com laivos do universo sonoro português nos bairros de Lisboa que o poeta percorria, o vídeo coabita com as suas palavras na voz do actor João Reis e com a música a que o Remix Ensemble dá forma.
Um espectáculo imperdível em estreia nacional.


Terça, 9 Fevereiro 2010
19:30, Sala Suggia
O Livro do Desassossego


Fernando Pessoa - texto
Michel van der Aa - música, vídeo e direcção cénica

REMIX ENSEMBLE
Ed Spanjaard - direcção musical
João Reis - actor
Ana Moura - participação especial no vídeo
(Co-produção LINZ09 Capital Europeia da Cultura e Orquestra Bruckner de Linz em colaboração com ZaterdagMatinee, Concertgebouw de Amesterdão e Casa da Música)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


Experiência Artística da Coordenadora do Clube Verdemcena

- Participação na Oficina sobre prática teatral “As Bacantes: Uma Orgia do Poder”, de Eurípides, desde Setembro de 2008, ministrada pelo encenador Rui Madeira, Director da Companhia de Teatro de Braga.

Esta oficina culminou com várias apresentações na sala principal do Theatro Circo, em Novembro de 2008 e Janeiro de 2009. Posteriormente, em Março de 2009, a peça foi em digressão para Coimbra e Évora.

- Participação na mesma oficina, em S. Paulo, no Brasil, em Abril de 2009, no âmbito do IV Circuito de Teatro Português, projecto de intercâmbio entre Portugal e Brasil. Colaboração na formação de um coro com mulheres brasileiras. Esta culminou com a representação da peça no mítico Teatro Oficina, de Zé Celso, em S. Paulo e no Teatro Lulu Benencase, em Americana.

- Participação nas Jornadas “Sá de Miranda, o Poeta do Neiva”, com a Companhia de Teatro de Braga, na Escola E/B 2/3 de Ribeira do Neiva, em Maio de 2009.

- Co-dinamização de uma oficina para actores sobre A Castro de António Ferreira, na Casa de Portugal em S. Paulo e em S. Vicente, a convite da produtora responsável pelo grupo Dragão 7, da cidade de S. Paulo.

- Colaboração regular com a Companhia de Teatro de Braga

Dia Mundial do Teatro

No dia 27 de Março celebra-se o Dia Mundial do Teatro. Arte que se julga ter surgido na Grécia Antiga, ainda no século IV a.C., em espectáculos de homenagem a Dionísio, Deus do vinho, através de procissões, cada vez mais encenadas, de agradecimento pelas boas colheitas.

Em Portugal considera-se Gil Vicente, nascido por volta de 1465, como o fundador do Teatro Português, que tem como primeira encenação o Auto da Visitação (1502), escrito e representado para a rainha Dona Maria, para celebrar o nascimento daquele que viria a ser o rei de Portugal D. João III, O Piedoso.

Ao longo dos anos, em Portugal, foram muitos os autores que escreveram para teatro como Almeida Garrett, Júlio Dantas, Almada Negreiros, Raul Brandão, Bernardo Santareno, Luís Sttau Monteiro ou Jorge Silva Melo, entre outros, e também actores e actrizes como Amélia Rey Colaço, Beatriz Costa, Carmen Dolores, Eunice Muñoz, João Villaret, Maria do Céu Guerra, Paulo Renato, Ruy de Carvalho, Vasco Santana a par de muitos mais.

Oficina de Teatro

A leitura e a Imagética da Palavra
10 de Fevereiro
sala A9


Na próxima quarta-feira cumprir-se-á mais uma oficina promovida pelo clube de teatro Verdemcena, cujo público-alvo serão aos elementos do clube. Trata-se de uma sessão mais prática, dinamizada pelo director artístico da Companhia de Teatro de Braga, que se deslocará mais uma vez à nossa escola a convite da coordenadora do clube.
É muito importante que todos os elementos do clube compareçam para passarem da teoria à prática.

Senhorita Júlia de Strindberg

















... aqui têm "Senhorita Júlia" (1888) ,de Strindberg que sintetiza a moral e os conflitos sociais do século que se encerrava mas também pressagiando os do século que nascia.
O teatro é uma dimensão da poesia, isto é, a mais alta tentativa de conseguir que cada um de nós se envolva na verdade que não existe, e que é a razão de ser daquilo que dá sentido à existência e a essa coisa (...) que é o tempo.

Autor: Prado Coelho , Eduardo
Fonte: Público


A comédia é uma subvida. As vidas felizes, nunca estão próximas da comédia. São, sim, uma versão resplandecente da tragédia. A felicidade absoluta é sempre trágica. É sempre um excesso que transporta dentro de si uma irrazoabilidade.

Autor: Cunha e Silva , Paulo
Fonte: Diário de Notícias

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Rui Madeira na ESVV

























































Foi com grande satisfação que o clube Verdemcena recebeu o Director da Companhia de Teatro de Braga, para assinalar o início das actividades do clube, em parceria com a CTB. O evento teve lugar na sala de vídeo, quase com lotação esgotada: elementos do clube de teatro (professores e alunos), discentes que fizeram questão de assistir à palestra e uma turma do curso de Bibliotecas que compareceu em massa. Foi uma sessão bastante informal e na qual o actor/encenador clarificou o conceito de clube de teatro, dando espaço à interacção com os presentes.
No final, o clube Verdemcena em articulação com a Biblioteca Escolar ofereceram um pequeno lanche onde todos os participantes tiveram oportunidade de conviver e conversar informalmente com o convidado.
Na qualidade de coordenadora do clube de teatro Verdemcena e amiga pessoal do Rui Madeira, deixo aqui uma palavra de agradecimento pela disponibilidade e simpatia com que acedeu ao nosso convite.