sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Comemorações do Centenário da República


SABINA FREIRE

A Companhia de Teatro de Braga e A Escola da Noite apresentaram Sabina Freire de Manoel Teixeira-Gomes. Com estreia marcada para Braga, onde esteve em cena no Theatro Circo, de 30 de Outubro a 13 de Novembro, o espectáculo de co-produção segue para Coimbra, onde subiu ao palco do Teatro da Cerca de São Bernardo, de 19 de Novembro a 3 de Dezembro.

Construído a partir de um texto notável de Manoel Teixeira-Gomes (Portimão, 1860 - Bougie, Argélia, 1941), intelectual de elevada craveira, estadista, escritor e, também, Presidente da República entre 1923/1925, quando o regime parlamentar atravessava alguns dos seus momentos mais críticos. Como diplomata coube-lhe enfrentar situações de grande complexidade, como combater a hostilidade das monarquias europeias perante o regime republicano implantado.
Sabina Freire foi considerado por Fialho D’Almeida: “uma obra-prima, o mais estranho trabalho que há 20 anos tem aparecido. O teatro Português moderno não tem nada que se lhe compare. Radia génio.”

O espectáculo, no âmbito das Comemorações do Centenário da República, percorrerá o país ao longo de 2010.


Ficha Artística:
Encenação: Rui Madeira

Elenco:
Actores da CTB: Solange Sá (Sabina Freire), André Laires (Júlio Freire), Jaime Soares (Dr. Fino), Carlos Feio (Padre Correia e Procurador Ferreira), Thamara Thaís (Francisca).
Actores d’A Escola da Noite: Sílvia Brito (Maria Freire), António Jorge (Augusto César e Ministro), Ricardo Kalash (Epifânio), Miguel Magalhães (Josezinho Soares), Lina Nóbrega (Josefina).

Cenografia: Rui Anahory
Figurinos: Sílvia Alves
Desenho de Luz: Fred Rompante
Criação de Som e Imagem: Luís Lopes
Criação Gráfica: Carlos Sampaio
M/12

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Protocolo entre a ESVV e a CTB

A coordenadora do clube Verdemcena preparou um protocolo entre a ESVV e a CTB (Companhia de Teatro de Braga) que será formalmente assinado no dia 3 de Fevereiro, aquando da realização da 1ª oficina promovida pelo clube e dinamizada por Rui Madeira, Director da CTB.

O clube Verdemcena convida toda a comunidade educativa a participar na actividade, subordinada ao tema "Abordagem ao Conceito Global de Clube de Teatro", que constitui a 1ª de várias iniciativas promovidas pelo clube. A actividade realizar-se-á no dia 3 de Fevereiro, pelas 14,30h, na sala de vídeo da ESVV.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Iô... Bacantes da Ásia



Não resisto em publicar aqui esta nota sobre a peça em que participei no Theatro Circo, As Bacantes de Eurípides. Talvez essa tenha sido a principal razão pela qual estou aqui neste projecto. Foram meses de trabalho árduo, numa oficina de teatro que culminou com a representação da peça.

Aqui vos deixo a ficha técnica bem como algumas fotos.

AS BACANTES

Um espectáculo sobre o Sentir, o Saber e o Acreditar!

Sobre a Política e a organização da Cidade.

Sobre a Vingança.

Sobre a necessidade mais funda que temos de dizer Não e de rompermos a Norma.

Um espectáculo sobre a Condição Humana.

A luta entre o Sagrado e o Profano.

Um caminho de Viajantes e de Confronto de Identidades.

Um espectáculo de Mulheres!

Uma tragédia do Mundo!

Este espectáculo tem o apoio da Secretaria da Cultura do Governo do Estado da Bahia e da Prefeitura de Camaçari (Brasil)

Theatro Circo:

Estreia: 19 Novembro 2008

Autor
Eurípides
Encenador
Rui Madeira
Actores
Carlos Feio, Jaime Soares, Rogério Boane, Rui Madeira, Solange Sá, Teresa Chaves
Actores estagiários no âmbito da Cena Lusófona
Allex Miranda, Mabelle Magalhães, Thamara Thaís
Actores estagiários no âmbito da oficina "Bacantes: uma orgia do Poder"
Aleixo Morgado, Alexandra Corunha, Ana Cristina Oliveira, Ana Lestra Gonçalves, André Laires, Ângela Leão, Armanda Barbosa, Carina Luz, Cristina Silva, Flávia Neves, Maria José Barbosa, Marisa Queirós, Raquel Ferreira, Sofia Miranda
Dramaturgia
Rui Madeira
Cenografia
Samuel Hof
Figurinos
Sílvia Alves
Desenho de luz
Fred Rompante
Grafismo
Carlos Sampaio

Notícias de S. Paulo - Brasil



Foi com nostalgia que encontrei, já de madrugada, notícias do grupo de teatro paulista, Tapa, cujo Director, Eduardo Tolentino, conheci pessoalmente em S. Paulo. Saudades daquela cidade que não dorme e onde vivi das experiências mais enriquecedoras de toda a minha vida!


Grupo Tapa inaugura "Panorama do Teatro Brasileiro - 2ª Geração"
21/01 - 09:05 - Agência Estado


O Grupo Tapa abre hoje a mostra "Panorama do Teatro Brasileiro - 2ª Geração", no Viga Espaço Cênico, em São Paulo. Sete peças serão exibidas até o dia 24 de fevereiro. "Mão na Luva", de Oduvaldo Vianna Filho, inaugura a programação, que terá autores de diferentes épocas: Arthur Azevedo, Nelson Rodrigues, Jorge Andrade, Oduvaldo Viana Filho e Mario Viana.

Não se trata de uma sucessão de peças e, sim, de um conjunto escolhido a partir de critérios definidos. Afinal, ao longo de seus 30 anos de existência, o Tapa construiu uma trajetória premiada e reconhecida sobretudo pela qualidade do repertório, boa parte dele dedicado à dramaturgia brasileira. E carrega ainda a experiência de outras mostras. Esta agora vai tomar também a semana de carnaval, com três peças diferentes por dia, de sábado até Quarta-Feira de Cinzas.

O 1º Panorama ocorreu no Rio, no início dos anos 80, e tinha peças como "O Noviço", de Martins Pena; "Caiu o Ministério", de França Júnior; e "Casa de Orates", de Arthur Azevedo. Após a transferência para São Paulo, no fim da década de 80, o projeto ganhou nova dimensão. "Passamos a ser subvencionados e a ter sede fixa, o Teatro da Aliança Francesa. Isso nos permitiu o 2º Panorama, nos anos 90, com 14 peças", diz o diretor Eduardo Tolentino. Entre elas, grandes produções como "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, "Rasto Atrás", de Jorge Andrade, e montagens de câmara como "Corpo a Corpo", de Vianinha, e "Navalha na Carne", de Plínio Marcos.

A extensão no título – 2ª geração – já aponta para o que diferencia a mostra que tem início hoje. Atores que fizeram praticamente toda sua carreira teatral no Tapa, como Clara Carvalho, Sandra Corveloni e Brian Penido, assinam a direção de três espetáculos, "Valsa nº 6", de Nelson Rodrigues; "As Viúvas", de Arthur Azevedo; e "Pedreira das Almas", de Jorge Andrade.

"Desta vez, a maioria é de produções ligadas ao Tapa, mas criadas fora do grupo. 'Mão na Luva' foi montada pelos atores (tem concepção e interpretação da dupla Isabella Lemos e Marcelo Pacífico), o que a gente fez foi só uma supervisão crítica durante o processo." Com exceção de As Viúvas e A Moratória (dirigida por Tolentino), as outras são produções independentes, o grupo deu algum tipo de apoio apenas", diz Tolentino.



Oficina

A Leitura e a Imagética da Palavra

No próximo dia 10 de Fevereiro, pelas 14,30h, realizar-se-á na ESVV a oficina subordinada ao tema A Leitura e a Imagética da Palavra organizada pelo clube de teatro Verdemcena.
Mais uma actividade que se insere no projecto do clube e cujo dinamizador é, mais uma vez, o ilustre Director da CTB, Rui Madeira.














Bertolt Brecht



Para ler e reflectir...


Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis


Bertolt Brecht (10 de Fevereiro de 1898 – 14 de Agosto de 1956) foi um influente dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX.



segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Nova Reunião do Clube

No próximo dia 27, quarta-feira, pelas 14,30h, está agendada nova reunião do clube para inscrição de novos elementos e preparação de actividades dos dias 3 e 10 de Fevereiro. É imprescindível a presença de todos os elementos do clube. Não faltem!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Novos elementos

A partir desta semana vamos ter novos elementos no nosso clube. É uma óptima notícia, já que, para além de haver mais um grupo de alunos que integrará em breve o verdemcena, vamos poder contar também com a colaboração de professores da escola. Dentro de dias serão divulgados os nomes de todos os elementos, após a inscrição definitiva.

Dois poemas

POEMACTO III

O actor acende a boca. Depois os cabelos.
Finge as suas caras nas poças interiores.
O actor põe e tira a cabeça
de búfalo.
De veado.
De rinoceronte.
Põe flores nos cornos.
Ninguém ama tão desalmadamente
como o actor.
O actor acende os pés e as mãos.
Fala devagar.
Parece que se difunde aos bocados.
Bocado estrela.
Bocado janela para fora.
Outro bocado gruta para dentro.
O actor toma as coisas para deitar fogo
ao pequeno talento humano.
O actor estala como sal queimado.
O que rutila, o que arde destacadamente
na noite, é o actor, com
uma voz pura monotonamente batida
pela solidão universal.
O espantoso actor que tira e coloca
e retira
o adjectivo da coisa, a subtileza
da forma,
e precipita a verdade.
De um lado extrai a maçã com sua
divagação de maçã.
Fabrica peixes mergulhados na própria
labareda de peixes.
Porque o actor está como a maçã.
O actor é um peixe.
Sorri assim o actor contra a face de Deus.
Ornamenta Deus com simplicidades silvestres.
O actor que subtrai Deus de Deus,
e dá velocidade aos lugares aéreos.
Porque o actor é uma astronave que atravessa
a distância de Deus.
Embrulha, Desvela.
O actor diz uma palavra inaudívell.
Reduz a humidade e o calor da terra
à confusão dessa palavra.
Recita o livro. Amplifica o livro.
O actor acende o livro.
Levita pelos campos como a água dura do dia.
O actor é tremendo.
Ninguém ama tão rebarbativamente
como o actor.
Como a unidade do actor.
O actor é um advérbio que ramificou
de um substantivo.
E o substantivo retorna e gira,
e o actor é um adjectivo.
É um nome que provém ultimamente
do Nome.
Nome que se murmura em si, e agita,
e enlouquece.
O actor é o grande Nome cheio de holofotes.
O nome que cega.
Que sangra.
Que é o sangue.
Assim o actor levanta o corpo,
enche o corpo com melodia.
Corpo que treme de melodia.
Ninguém ama tão corporalmente como o actor.
como o corpo do actor.
Porque o talento é transformação,
O actor transforma a própria acção
da transformação.
Solidifica-se. Gaseifica-se. Complica-se.
O actor cresce no seu acto.
Faz crescer o acto.
O actor actifica-se,
É enorme o actor com sua ossada de base,
com suas tantas janelas,
as ruas -
o actor com a emotiva publicidade.
Ninguém ama tão publicamente como o actor.
Como o secreto actor.
Em estado de graça. Em compacto
estado de pureza.
O actor ama em acção de estrela.
Acção de mímica.
O actor é um tenebroso recolhimento
de onde brota a pantomima.
O actor vê aparecer a manhã sobre a cama.
Vê a cobra entre as pernas.
O actor vê fulminantemente
como é puro.
Ninguém ama o teatro essencial como o actor.
Como a essência do amor do actor.
O teatro geral.
O actor em estado geral de graça.

Herberto Hélder


SOBE O PANO

Onde se solta o estrangulado grito
Humaniza-se a vida e sobe o pano.
Chegam aparições dóceis ao rito
Vindas do fosso mais fundo do humano.
Ilumina-se a cena e é soberano
No palco, o real oculto no conflito.
É tragédia? É comédia? É, por engano,
O sequestro de um deus num barro aflito?
É o teatro; a magia que descobre
O rosto que a cara do homem cobre;
E reflectidos no teu espelho - o actor -
Os teus fantasmas levam-te para onde
O tempo puro que te corresponde
entre horas ardidas está em flor.

Natália Correia

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Clube Verdemcena na Feira Quinhentista



Em Maio iremos associar-nos às actividades da Feira Quinhentista, iniciativa da Câmara Municipal de Vila Verde em parceria com as escolas do concelho. O Clube apresentará em breve o projecto das actividades a realizar.

Primeira de várias oficinas de teatro na E.S.V.V. promovidas pelo clube VERDEMCENA





No dia 3 de Fevereiro realizar-se-á a primeira oficina de teatro promovida pelo clube de teatro Verdemcena. Trata-se da primeira de várias oficinas integradas no projecto do clube, em parceria com a Companhia de Teatro de Braga. O nosso clube terá o privilégio de receber o encenador/director da CTB, Rui Madeira, que irá debruçar-se sobre o conceito global de clube de teatro.

Nós vamos assistir à peça Auto da Barca do Inferno


Será que a maledicência, o orgulho, a usura, a concupiscência, a venalidade, a petulância, o fundamentalismo, a inveja, a mesquinhez, o falso moralismo cristão… têm entrada directa no Paraíso? Ou terão de passar pelo Purgatório? Ou vão directamente ao Inferno? E a pé, de pulo ou voo? Aliás, onde fica e como designamos o Lugar onde estamos? E que paraíso buscamos? Uma revisão da CTB, em demanda da modernidade sobre o texto Vicentino e o prazer do jogo teatral. Um espectáculo (na sequência de Pára-me de Repente) sobre a nossa memória identitária.

Rui Madeira

Theatro Circo:
19 de Janeiro de 2010 - 15h

20 e 21 de Janeiro de 2010 - 11h/15h

(sessões escolares)

Autor
Gil Vicente
Encenador
Rui Madeira
Actores
Alexandre Sá, Allex Miranda, Carlos Feio, Jaime Soares, Rogério Boane, Solange Sá, Teresa Chaves
Figurinos
Sílvia Alves
Fotografia
Manuel Correia
Desenho de luz
Fred Rompante
Grafismo
Carlos Sampaio
Espaço cénico
Rui Madeira
Desenho de Som
Pedro Pinto

Ana Bustorff Regressa ao Theatro Circo














CONCERTO "À LA CARTE"
de
Franz Xaver Kroetz

13 a 17 de Janeiro
Quarta a sábado – 21h30
Domingo – 16h
Theatro Circo


O Clube de Teatro VERDEMCENA vai assistir à peça Concerto “à la carte”, uma peça imperdível com Ana Bustorff

Concerto “à la carte” é um olhar frio, concreto, real sobre a vida da senhora Rasch, uma senhora igual a tantas que moram no apartamento ao lado, que se cruzam connosco no supermercado, a quem olhamos sem ver e que morrem sem sabermos e sem elas mesmas darem por isso.

Interpretação Ana Bustorff Encenação Rui Madeira Assistentes de encenação Frederico Bustorff Madeira, Solange Sá Tradução Maria Adélia Silva Melo Cenografia Carlos Sampaio Figurinos Sílvia Alves Desenho de luz Fred Rompante Desenho de som Pedro Pinto Fotografia Paulo Nogueira