sábado, 27 de março de 2010

Homenagem a Augusto Boal no Dia Mundial do Teatro





Augusto Boal  (1931- 2009)


Actores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!

Augusto Boal nasceu no Rio de Janeiro em Março de 1931, filho de pai português. Formou-se em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na década de 1950, enquanto realizava estudos de doutoramento em Engenharia Química, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, estudou também dramaturgia na School of Dramatics Arts com John Gassner, professor de Tennessee Williams e de Arthur Miller. 



No Teatro de Arena de São Paulo criou o Teatro do Oprimido, que lhe deu reconhecimento internacional por aliar arte dramática e acção social. "Todos os seres humanos são actores - porque actuam - e espectadores - porque observam. Somos todos espect-actores", afirmava. E este conceito ajuda as pessoas a inserirem-se na sociedade, acreditava. 

Foi preso e durante a ditadura militar (de 1964 e 1985) esteve exilado em vários países e também em Portugal. Nos anos 70, trabalhou durante dois anos com A Barraca, onde assinou a peça Barraca Conta Tiradentes (1977) e escreveu com Chico Buarque Mulheres de Atenas, uma adaptação de Lisístrata, de Aristófanes. 

Quando estava no exílio Chico Buarque dedicou-lhe a canção-carta Meu Caro Amigo ( 1976). "Meu caro amigo eu não pretendo provocar/ Nem atiçar suas saudades/Mas acontece que não posso me furtar/ A lhe contar as novidades/ Aqui na terra 'tão jogando futebol/ Tem muito samba, muito choro e rock'n' roll/ Uns dias chove, noutros dias bate sol/ Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta" ouviu-se ontem na homenagem que os amigos lhe fizeram.

Numa das últimas entrevistas que deu - à Carta Capital -, Boal defendia que, "hoje, todas as formas de expressão e comunicação estão nas mãos dos opressores". Na sua opinião, "o que a televisão oferece é um crime estético". Afirmava: "E ainda acham estranho que alguém saia matando quinze pessoas de uma só vez. O cérebro das pessoas está impregnado dessas imagens. As rádios também repetem o mesmo som o tempo todo. Sem falar no tecno, que desregula até marca-passo, e é pior que ouvir gente quebrando tijolo em construção. O que a gente quer, no Teatro do Oprimido, é lutar nestes três campos: palavra, imagem e som." 

Mensagem de 27 de Março - o Dia Mundial do Teatro 2010 - Dame Judi Dench



"O Dia Mundial do Teatro é uma oportunidade de celebrar o Teatro em todas as suas múltiplas formas. O Teatro é fonte de entretenimento e inspiração e tem a capacidade de unificar as mais diversas culturas e povos que existem por todo o mundo. Mas o teatro é mais do que isso e também cria oportunidades de educar e informar.


O Teatro é apresentado por todo o mundo e nem sempre numa cena tradicional de teatro. As apresentações podem acontecer numa pequena aldeia em África, perto de uma montanha na Arménia, ou numa minúscula ilha no Pacífico. Tudo o que ele precisa é de um espaço e de espectadores. O Teatro tem a capacidade de nos fazer sorrir, de nos fazer chorar, mas deveria também fazer-nos pensar e reflectir. 


O Teatro acontece pelo trabalho de equipa. Os Actores são as pessoas que são vistas, mas há um espantoso conjunto de pessoas que não são vistas. Elas são tão importantes como os actores e as suas diversas e especializadas competências tornam possível acontecer uma produção. Elas também devem partilhar quaisquer triunfos e sucessos que esperançosamente possam ocorrer. 


27 de Março é sempre o oficial Dia Mundial do Teatro. De muitas maneiras cada dia deveria ser considerado um dia de teatro, pois nós temos a responsabilidade de continuar a tradição de divertir, de educar e iluminar os nossos espectadores, sem os quais não existiríamos."

Tirado
 daqui



Dia Mundial do Teatro






A Sociedade Portuguesa de Autores pediu ao actor e encenador Rui Mendes que escrevesse uma mensagem para o Dia Mundial do Teatro.

"Apagam-se as luzes da sala. Acendem-se as luzes da cena. Entram os actores. Começa a escorrer para a plateia um caudal de sons que se transforma em ideias, de palavras vestidas de imagens, de ritmos que ressumam beleza, de corpos humanos que desenham poesia. 'A poesia ensina a filosofia' disse Aristóteles. O mesmo faz o Teatro. São coisas inseparáveis.
Há muitas formas de dar início a um espectáculo de teatro, mas só há uma de o terminar: é com a gostosa recordação do que é efémero, daquilo que durante algum tempo nos preencheu os sentidos e o espírito, e que não volta a acontecer, senão na nossa memória assim enriquecida para o resto das nossas vidas. No verdadeiro teatro este é o sentimento que, no final, une os que o fizeram àqueles que a ele assistiram. É um dos milagres do Teatro.
A palavra TEATRO, deriva do grego 'THÉATRON', 'lugar de onde se vê'. Há os que vêem e os que são vistos. Há os que ouvem e os que são ouvidos. Mas todos são feitos da mesma massa, embora de diferentes cores de pele e de cabelos, de todos os tipos de educação e de formação, com variadíssimas experiências e objectivos na vida.
E se, pelo menos na cena, todo o colectivo teatral tende a ser uma comunidade homogénea sem a qual não pode funcionar, já o mesmo se não pode dizer dos que estão na plateia. A utopia de uma sociedade igualitária, sem chocantes divisões sociais, está longe de vir a ser uma realidade palpável. É um futuro eternamente adiado.
Talvez que a permanência de problemas por resolver seja uma das nossas razões de existir, uma espécie de sal da vida. Mas persistem teimosamente dramas concretos que afligem cada vez mais os seres humanos. E não devia ser assim. O teatro que é e terá de ser sempre poesia, não pode nem deve, talvez por isso mesmo, ficar indiferente.
Num mundo cada vez mais superpovoado, permanecem os conflitos sociais, as lutas tribais, as religiões, os ódios, as guerras pelo poder, as discriminações, as economias selvagens, a fome e toda a espécie de privações forçadas. E que ninguém venha pedir contas ao Teatro e aos que o praticam, de serem culpados de alguma coisa.
Pelo contrário, o Teatro tem sido, por várias formas, uma flecha arremessada aos poderosos, um aríete apontado aos portões da crueldade, dos gananciosos, dos desonestos e dos oportunistas. O Teatro só pode ser praticado com afectividade, com a generosidade de dar e com a coragem de pugnar pelo bem. Caso contrário renega-se, abastarda-se. Por estas razões ele devia estar na primeira linha das preocupações dos governantes, que têm a estrita obrigação de o apoiar com justeza e visão. Mas até talvez seja por estas razões que eles tanto o desprezam, quando não o combatem abertamente.
Jean Paul Sartre disse numa entrevista: 'Uma peça escapa ao seu autor desde que o público está na sala.' E mais adiante: 'Em Teatro as intenções não contam. O que conta é o que sai. O público escreve tanto a peça como o autor'.
Sófocles, Gil Vicente, Shakespeare, Molière, Goldoni, Schiller, Goethe, Ibsen, Strindberg, Tchecov, Shaw, Pirandello, Brecht, Beckett, Osborne, Pinter, entre muitos, muitos outros autores teatrais, preocuparam-se e reflectiram sobre os problemas do seu tempo, que curiosamente são os mesmos de hoje. Não podemos deixá-los a falar sozinhos.
E esta obrigação envolve-nos a todos: dramaturgos, encenadores, artistas plásticos, músicos, actores, produtores e até o próprio público, sobretudo aquele que não vai ao teatro. É preciso fazer chegar o Teatro ao maior número.
Só assim será possível ajudar a mudar o Mundo. Para melhor, claro. 'Para pior já basta assim'."
Rui Mendes

quinta-feira, 25 de março de 2010

Falar Verdade a Mentir no Theatro Circo em Abril



No dia 14 de Abril, pelas 14.30h será apresentada na sala principal do Theatro Circo a peça Falar Verdade a Mentir, de Garrett, pela Companhia de Teatro Filandorra - Teatro do Nordeste.

Sinopse:

A peça “Falar Verdade a Mentir” é uma divertida comédia do grande reformador do teatro português, Almeida Garrett, escrita a partir do original “Le Menteur Veridique”, de Scribe.
Conta a história de Duarte – um jovem da alta sociedade em vias de contrair matrimónio com uma donzela de boas famílias – que tem por hábito não dizer uma palavra sem mentir. Um dia, porém, as suas mentiras tornam-se verdades e ele, incrédulo, não quer acreditar que o destino lhe pregou uma partida…

“Sabina Freire” nas comemorações oficiais do Dia Mundial do Teatro







No próximo dia 26 de Março, sexta-feira, Sabina Freire, da autoria de Manoel Teixeira-Gomes (Presidente da República entre 1923 e 1925), com encenação de Rui Madeira, uma co-produção da Companhia de Teatro de Braga e A Escola da Noite, é apresentada no âmbito da comemoração oficial do Dia Mundial do Teatro pela Presidência da República.
Na cerimónia, que terá lugar no Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, o actor Ruy de Carvalho será condecorado com o título de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. António Feio, Beatriz Batarda, Manuela Maria e o encenador Joaquim Benite serão, por sua vez, condecorados com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Maria Custódia Gião também é distinguida com o grau de Oficial da Ordem do Mérito. A companhia de Teatro Seiva Trupe vai receber a honra de membro Honorário da Ordem de Mérito.
A peça, que estreou a 30 de Outubro passado, no Theatro Circo de Braga, e posteriormente foi apresentada em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo, integra o Programa das Comemorações do Centenário da República.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Deus da Matança


Teatro Carlos Alberto - de 19 a 28 de Março


Não acho que o ser humano seja pacífico. Penso que não se evoluiu desde a idade da pedra e que o verniz social que nos protege da selvajaria é inquietantemente ténue, está sempre prestes a estalar. Ponha quatro pessoas dentro de um elevador que se avaria de repente e elas ficam doidas. Basta haver pânico e toda a gente se espezinha. Observe crianças a brincar na areia: não têm alternativa, batem umas nas outras para ficarem com um objecto na mão. Eu escrevo um teatro de nervos, porque são os nervos que nos comandam. As personagens que componho desde sempre são pessoas bem-educadas que pretendem manter a compostura. Mas como também são muito impulsivas, não conseguem manter as regras que impuseram a si próprias. Vão derrapar, mas sempre contra a sua vontade, mesmo quando estão em plena derrapagem. É precisamente esta luta da pessoa contra si própria que me interessa.
Yasmina Reza

Excerto de “Escrevo um teatro de nervos”, entrevista conduzida por Jérôme Garcin. In O Deus da Matança: [Programa]. Lisboa: Teatro Aberto, 2009. p. 20.



Já conhecíamos Yasmina Reza de Arte, espectáculo de um êxito histórico que o TNSJ co-produziu e estreou em 1998. Agora é o Novo Grupo de Teatro quem nos traz de volta o “teatro de nervos” cultivado pela dramaturga francesa, célebre também pelo seu Madrugada, Tarde ou Noite, relato de um ano passado na companhia íntima do presidente francês, Nicolas Sarkozy. Escrito um ano antes, em 2006, O Deus da Matança parte do encontro de dois casais para analisar a briga dos filhos, uma reunião de gente civilizada que resvala para um violento pugilato verbal (e não só) travado por quatro adultos. Ao encenador, João Lourenço, interessou instalar-se nas discrepâncias entre o ser e o parecer, tirando todo o proveito de um texto que combina leveza e seriedade crítica, humor e crueldade. Dizem os críticos que uma das razões do sucesso de Yasmina Reza radica no facto de se ter virado para a escrita após uma tentativa falhada como actriz, de escrever sobretudo para os actores. Neste espectáculo, a prestação de Joana Seixas, Paulo Pires, Sérgio Praia e Sofia de Portugal confere-lhes razão.







COMÉDIA MOSQUETA // de ANGELO BEOLCO, dito o RUZANTE

// TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA // SALA PRINCIPAL

Regressa à cena Comédia mosqueta, produção do TMA que encerrou o Festival de Almada de 2009. Mário Barradas refez a encenação estreada em Maio de 1973, com a companhia Teatro Laboratório de Lisboa/Os Bonecreiros, de uma divertida trama de rústicos manhosos, que expõem a agrura desamparada dos miseráveis num jogo de enganos farsescos e eruditos. Lauro António, no blog Lauro António apresenta... considerou que «a encenação de Mário Barradas é inventiva e inteligente, explorando com graça certos aspectos do texto, os actores são particularmente eficazes e divertidos, sublimando-se o trabalho e a presença de Teresa Gafeira, e o recorte caricatural de José Martins».

A dramaturgia do Ruzante - afirma Mário Barradas - é uma dramaturgia de após-guerra (a longa guerra contra a República de Veneza imposta pela Liga de Cambrai). Convém porém situar essa dramaturgia de rescaldo num quadro sociológico preciso, que Mário Barradas aponta como constituindo a própria «contradição dinâmica deste teatro»: por um lado, um público que «tem vontade de rir e de se tranquilizar», e, por outro lado, «as personagens camponesas, desiludidas e partilhadas entre a lembrança dos horrores que sofreram e a descoberta dum futuro inquietante...». O teatro de Ruzante mostra mais, então, a vitalidade e o instinto de sobrevivência do campesinato paduano, nas condições históricas objectivas da sua existência como classe oprimida.


Tradução José Oliveira Barata
Cenário Christian Rëtz
Recriação dos figurinos Sónia Benite
Desenho de luz José Carlos Nascimento
Intérpretes Ivo Alexandre, José Martins, Paulo Matos, Teresa Gafeira

11 a 21 MARÇO 2010
Qui a Sáb às 21h30
Dom. às 16h00
Duração: 1h20
M12

Estreia da Peça "Falar Verdade a Mentir"

Por motivos alheios à sua vontade, o clube Verdemcena adiou a estreia da peça "Falar Verdade a Mentir", de Almeida Garrett, que estava marcada para o dia 26 de Março, no Sarau da Escola. Ainda não existe data exacta para a estreia, mas, em princípio, acontecerá em Abril, num evento cultural agendado para o efeito.
Neste momento, os ensaios estão a decorrer com bastante entusiasmo e empenho de todos os elementos do clube: actores,  figurinistas, aderecistas, cenógrafo, sonoplasta, etc.
É um prazer enorme constatar que os elementos residentes do clube vieram para ficar e perceberam que (parafraseando Fernado Pessoa) para se conseguir "passar o Bojador, tem que se passar além da dor".

quarta-feira, 10 de março de 2010

Coordenadora do Clube Verdemcena participa em Tertúlia na Biblioteca Municipal

Mulheres Vilaverdenses Celebraram o seu Dia

A convite da vereadora da cultura da CMVV, cerca de três dezenas de mulheres associaram-se, dia 8, às comemorações do Dia da Mulher, ouvindo testemunhos de outras mulheres, designadamente, Ana Cristina Oliveira, professora na ESVV e coordenadora do clube de teatro Verdemcena, com incursões no teatro e no cinema; Nancy Oliveira, técnica superior de desporto da Proviver; e Paula Isaías, coordenadora-geral da Cooperativa Aliança Artesanal, as quais falaram sobre os seus percursos de vida e batalhas individuais.



Ensaio da peça Falar Verdade a Mentir pelo clube Verdemcena





















































































As imagens falam por si!
O trabalho é árduo, mas só assim conseguiremos um bom resultado. Muita força para todos e não esqueçam "libertem-se da cábula, ela só serve para prender os movimentos"!

Agenda de ensaios: 11 Março - 20,30h; 13 Março - 17,30h; 17 Março - 20h; ; 24 Março - 14,15h.

terça-feira, 9 de março de 2010

Definir Teatro

O teatro é uma dimensão da poesia, isto é, a mais alta tentativa de conseguir que cada um de nós se envolva na verdade que não existe, e que é a razão de ser daquilo que dá sentido à existência e a essa coisa (...) que é o tempo.

Eduardo Prado Coelho



Teatro é vida, é movimento, é transfiguração. O teatro diz-me muito mais se o actor se preocupar mais em ser verdadeiro do que em querer representar bem o seu papel.

Ana Cristina Oliveira


E tu, como definirias teatro?...

Clube da Comédia - Espectáculos no Porto e em Lisboa



Depois de uma passagem pelo Maxime, em Lisboa, Francisco Menezes, Eduardo Madeira, Aldo Lima, Óscar Branco, Bruno Nogueira e Nilton vão agora apresentar o espectáculo Clube da Comédia no Casino de Lisboa e no Coliseu do Porto.
Os conhecidos humoristas vão agora apresentar o mesmo espectáculo, que levaram à cena durante 14 semanas, na pequena sala do Cabaret lisboeta, ao auditório dos Oceanos, no Casino Lisboa, de 16 a 28 de Março e também ao Coliseu do Porto, nos dias 9 e 10 de Abril.

Em Lisboa, os espectáculos vão decorrer de terça-feira a sábado, às 22h00, e aos domingos, às 17 h00 e no Porto estão marcadas para as 21h30.

O preço dos bilhetes varia entre 10 e 18 euros em Lisboa, e entre os 10 e os 20 euros na Invicta. A produção volta a estar a cargo da UAU.

Espectáculos de António Feio a ver em Março no Porto

Remover formatação da selecção

Ciclo António Feio no Teatro de Campo Alegre, no Porto
Dois espectáculos para os mais jovens


O Teatro de Campo Alegre, no Porto, recebe, a partir de 1 de Março e até dia 19, dois espectáculos concebidos por António Feio para a CulturalKids, companhia vocacionada para o teatro para a infância e adolescência. Trata-se de ‘A Aventura de Ulisses’, adaptação do clássico ‘Odisseia’, de Homero, e de ‘Auto da Barca do Inferno’, uma nova versão do conhecido texto de Gil Vicente.
Com um trabalho que prima pela inovação e que recorre às novas tecnologias e à interactividade para cativar a atenção dos mais jovens, a Cultural Kids escolheu António Feio para dirigir os seus espectáculos depois de uma consulta de opinião junto de várias escolas. E o encenador preferido pelos mais jovens era... António Feio.

Assim se estabeleceu uma relação de cumplicidade entre a produtora e este criador, que resultou em dois espectáculos que têm sido muito aplaudidos pelo público. Em cena, actores em carne e osso contracenam com actores cujos registos foram pré-gravados, em vídeo, do que resulta um espectáculo surpreendente e cheio de ritmo.

‘A Aventura de Ulisses’, que se destina a público entre os 9 e os 12 anos, é para ver de 1 a 12 (sessões às 10h30 e às 14h30) e de ‘Auto da Barca do Inferno’, que é para maiores de 12, vai à cena de 15 a 19 (às mesmas horas).

Há Que Saber Dizer "BASTA!"

Há dias que não é actualizado o blog do clube, o que não significa que não haja novidades sobre teatro. O que aconteceu é próprio da sociedade atribulada em que vivemos, dia após dia.
Somam-se os compromissos, as reuniões, a azáfama do quotidiano que nos absorve a ponto de não sobrar tempo para aquilo que mais nos dá prazer e nos reconforta após um dia cheio de trabalho e de preocupações.
Estas palavras soam a desconcerto e a cansaço. Talvez. É que há momentos em que não sabemos parar e dizer "BASTA"!

Hoje, encontrei esse momento e resolvi sentar-me e voltar a falar de espectáculos, de projectos do clube que estão a ser preparados por toda a equipa.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um nome Sonante do Teatro Potuguês da Actualidade

Abel Neves, um dos mais importantes dramaturgos contemporâneos

Abel Neves nasceu em Montalegre em 1956. Dramaturgo, poeta e romancista, com vasta obra em Portugal e muitas colaborações no estrangeiro.
Tem publicadas obras para teatro, muitas delas representadas, tais como: “Anákis”; “Amadis”; “Touro”; “Medusa”; “Terra”; “Amo-te”; “Atlântico”; “Finisterrae”; “Arbor Mater”; “Lobo-Wolf”; “El Gringo”; “Ostras Frescas”; “Inter-Rail”; “Fénix e KotaKota”; “Além as estrelas são a nossa casa”; “Supernova”; “A Caminho do Oeste”; “Amor Perfeito”; “Qaribó”; “Ubelhas, Mutantes e Transumantes”; “Provavelmente uma pessoa”; “Querido Che”; “Nunca estive em Bagdad”; “Este Oeste Éden”; “A Mãe e o Urso”; “Vulcão” e “O paraíso à espera”.
Publicou ainda o livro de poesia “Eis o Amor a Fome e a Morte” e os romances “Corações piegas”, “Asas para que vos quero”, “Sentimental”, “Centauros - imagens são enigmas”, “Precioso”, “Cornos da Fonte Fria”. “Algures entre a resposta e a interrogação” é o seu livro de reflexões em volta do teatro.
Tem obras traduzidas, publicadas, lidas e representadas na Alemanha, Bélgica, Brasil, Egipto, Escócia, Espanha, França, Luxemburgo, Hungria, Suíça e Roménia.
Venceu, recentemente, a III edição do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva, atribuído pelo Instituto Camões e pela Funarte – Fundação Nacional de Arte do Ministério da Cultura do Brasil.