segunda-feira, 15 de março de 2010

COMÉDIA MOSQUETA // de ANGELO BEOLCO, dito o RUZANTE

// TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA // SALA PRINCIPAL

Regressa à cena Comédia mosqueta, produção do TMA que encerrou o Festival de Almada de 2009. Mário Barradas refez a encenação estreada em Maio de 1973, com a companhia Teatro Laboratório de Lisboa/Os Bonecreiros, de uma divertida trama de rústicos manhosos, que expõem a agrura desamparada dos miseráveis num jogo de enganos farsescos e eruditos. Lauro António, no blog Lauro António apresenta... considerou que «a encenação de Mário Barradas é inventiva e inteligente, explorando com graça certos aspectos do texto, os actores são particularmente eficazes e divertidos, sublimando-se o trabalho e a presença de Teresa Gafeira, e o recorte caricatural de José Martins».

A dramaturgia do Ruzante - afirma Mário Barradas - é uma dramaturgia de após-guerra (a longa guerra contra a República de Veneza imposta pela Liga de Cambrai). Convém porém situar essa dramaturgia de rescaldo num quadro sociológico preciso, que Mário Barradas aponta como constituindo a própria «contradição dinâmica deste teatro»: por um lado, um público que «tem vontade de rir e de se tranquilizar», e, por outro lado, «as personagens camponesas, desiludidas e partilhadas entre a lembrança dos horrores que sofreram e a descoberta dum futuro inquietante...». O teatro de Ruzante mostra mais, então, a vitalidade e o instinto de sobrevivência do campesinato paduano, nas condições históricas objectivas da sua existência como classe oprimida.


Tradução José Oliveira Barata
Cenário Christian Rëtz
Recriação dos figurinos Sónia Benite
Desenho de luz José Carlos Nascimento
Intérpretes Ivo Alexandre, José Martins, Paulo Matos, Teresa Gafeira

11 a 21 MARÇO 2010
Qui a Sáb às 21h30
Dom. às 16h00
Duração: 1h20
M12

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